DIFERENÇA ENTRE SER VELHO E SER IDOSO

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Autoria de Dr. Telmo Diniz

maos idosas

Nascer é uma possibilidade, viver é um risco, envelhecer é um privilégio. (Mário Quintana)

Quem acompanha meus artigos, sabe que tenho um carinho especial pelos idosos. (Dr. Telmo Diniz)

Em 1991, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o dia do idoso, que tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e sobre a necessidade de proteger e cuidar da população mais idosa. No Brasil, até o ano de 2006, a data era celebrada em 27 de setembro, porém, em razão da criação do estatuto do idoso, em 1º de outubro, o dia do idoso foi transferido para esta data.

Há quem pense: “por que celebrar o dia do idoso? Idoso remete a doenças, incapacidade e inutilidade”. Isso poderia, até certo ponto, ser uma verdade há 50 anos. Porém, quanto mais descobertas a ciência faz, quanto mais benefícios conseguimos extrair da natureza, e quanto mais cedo começamos a nos preocupar com a saúde, mais tempo temos de vida. Pelo menos é o que comprovam infinitas pesquisas envolvendo a longevidade. Nada como chegar à terceira idade, cheio de disposição e ter motivos de sobra de comemorar o Dia do Idoso.

O envelhecimento é uma fase natural da vida e é influenciado basicamente por três elementos: genética, estilo de vida e o meio ambiente. Não envelhecemos mais como antigamente, quando idosos passavam o dia em um banco de praça reclamando sobre as diversas doenças que apresentavam. Hoje em dia, as pessoas envelhecem em um processo muito mais saudável.

O que observamos são idosos mais ativos, preocupados com a saúde e com a melhoria na qualidade de vida. E, a meu ver, uma preocupação tremenda de se sentir produtivo “até aonde der”. O trabalho não só dignifica, mas também cria longevidade. Mas, quando “não der mais”, por motivos vários, como um derrame avassalador que  leva pra cama, ou se o alemão Alzheimer “ chega sem aviso” e deixa o idoso dependente, paciência. Isso mesmo, a pessoa passa a ser paciente idoso e dependente. Nem todos envelhecem como querem.

Pontos importantes para uma vida longeva, incluem uma alimentação equilibrada com carnes magras e carboidratos complexos que incluem fibras, adicionada de frutas, verduras e legumes in natura, que são ricos em vitaminas e minerais. Não menos importante para um estilo de vida saudável inclui uma atividade física regular, manutenção do peso ideal, evitar o consumo exagerado de álcool, não fumar e realizar acompanhamento médico periódico. Chegamos ao século XXI, e no ano de 2030 seremos uma nação de idosos. Vamos parar para pensar que todos nós vamos envelhecer, bem ou mal, mas todos nós estamos caminhando nesse sentido.

Há uma grande diferença entre quem é “velho” e quem é “idoso”. A verdadeira velhice está no espírito das pessoas que simplesmente se entregam à passagem do tempo, esquecendo-se de que seu espírito pode permanecer jovem, apesar do corpo envelhecido. O espírito pode se manter jovem enquanto estivermos vivos, independentemente do estado geral da matéria. Os joelhos podem doer devido ao desgaste das juntas, mas a alma pode e deve ser preservada. Existem velhos com 40 anos, e jovens com 80. Cada qual com uma maneira diferente de encarar a vida. A propósito:

  • Idoso é quem tem bastante idade; velho é aquele que acha que “sabe tudo”.
  • O velho normalmente é arrogante; o idoso é uma pessoa de 60 anos, 70, 75, 80…
  • O velho pode se mostrar aos 15 anos de idade, aos 20, 30…, ou seja, pode ter qualquer idade. Não tem humildade, não aprende, porque é incapaz de acompanhar as mudanças. Não as aceita.
  • A pessoa idosa é cheia de vitalidade, pois é capaz de antecipar-se, de ficar de prontidão, não espera acontecer – vai atrás.
  • O velho é reativo, enquanto o idoso tem proatividade.
  • O velho traz a cabeça fechada, acha que sabe de tudo, que não tem mais nada para aprender, mas só a ensinar.
  • O idoso tem a cabeça aberta para novas experiências, para novos aprendizados, independentemente da idade, satisfeito com seus feitos.
  • O velho acredita que não precisa aprender; o idoso tem idade, mas continua em processo de aprendizado.
  • O velho é sedentário e rabugento; o idoso tem uma eterna insatisfação. Tem sonhos e aspirações. Tem espírito jovem.
  •  O velho está normalmente satisfeito, sem querer seguir adiante, mas sua satisfação paralisa, amortece, faz com que ele se acomode.

O velho que não aprender a reaprender, necessariamente ficará obsoleto e necessitará ser cuidado, do ponto de vista físico e psíquico. É possível preocupar-se com o futuro, preparar-se para ele, mas sem desvalorizar o passado. Guimarães Rosa já dizia que a regra básica para não perecer velho é não estar satisfeito nunca. Temos que nos reinventar hoje e sempre, para que sejamos eternos indiferentemente da idade.

POR QUE A GENTE BOCEJA?

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Autoria de Lu Dias Carvalho Shiva123

Achei muito interessante as informações recebidas abaixo, pois muitas destas indagações me deixavam curiosa e eu as carreguei por muito tempo. Infelizmente a autoria é desconhecida, mas vale a pena tomar conhecimento de tais explicações, pois com certeza irão aplacar a curiosidade de muita gente.

  1. Por que a gente soluça?

Soluço é a contração involuntária do músculo do diafragma, responsável pela respiração. O soluço geralmente é causado por uma irritação no nervo frênico, responsável por ativar o diafragma devido a um aumento do volume do estômago. E não é lenda a história de que um susto pode curar o “soluçante”, pois libera adrenalina e ativa o nervo frênico, outra saída é a água gelada, que provoca o mesmo efeito.

  1. Por que o pé “dorme”?

Isso acontece porque a compressão do fluxo sanguíneo (ao cruzar as pernas, por exemplo) interrompe o tráfego de impulsos nervosos. Ao restabelecer o fluxo, acontece uma espécie de “curto circuito” nos impulsos elétricos dos nervos, daí a sensação de formigamento. Há até um problema conhecido como “paralisia dos amantes”. Isto porque o  casal dorme junto e um deles fica em cima do braço do outro. O fluxo sanguíneo pode ficar interrompido por horas, comprometendo por meses ou até para sempre o músculo do braço. A saída para o formigamento restabelecer o fluxo sanguíneo é movimentar o músculo. Dependendo do caso, é necessário fazer fisioterapia. Portanto, procurem dormir mais soltos.

  1. Por que sentimos vontade de urinar quando entramos na piscina?

Ao entrar na água, a pressão externa sobre o corpo aumenta. “Os líquidos componentes do plasma que estão fora dos vasos são “empurrados” para dentro deles”. Com o aumento do volume de sangue nos vasos ? chamado volemia – vem a vontade de urinar. É como beber água. E por falar em água, é verdade que torneira aberta ou chuveiro despertam a vontade de urinar. É um fator psicológico que recebe o nome de reflexo da micção.

  1. De onde vem a cãibra?

Segundo o neurologista Acary Oliveira, da Unifesp, 95% da população já experimentou esse espasmo muscular, geralmente na barriga da perna. Após intensa atividade física, acaba a energia e a musculatura se contrai e não relaxa. Para passar, o segredo é contrair o músculo oposto ao que está doendo, como fazem os jogadores de futebol. Se a cãibra for na barriga da perna, por exemplo, basta puxar a ponta do pé para cima, em direção a canela.

  1. O que causa o arroto?

Também chamado eructação, o arroto é causado pelo ato de engolir ar (aerofagia).
Falar ou comer muito rápido, engolindo ar, são as causas mais comuns. Ingerir alguma substância que contenha gás, como refrigerante, pode ser outra causa provável. A cura não é muito educada em algumas culturas, pois basta “eructar”.

  1. Por que, às vezes, o olho treme?

O espasmo das pálpebras é causado pela contração do músculo orbicular (músculo responsável pelo fechamento das pálpebras). A causa mais provável é que seja provocado pelo cansaço ou tensão. É como uma cãibra, explica o oftalmologista Paulo Henrique, da Unifesp. O músculo se movimenta rápido para fazer circular mais sangue na região e dissipar o ácido lático, responsável pela irritação na terminação nervosa.

  1. Por que há uma espécie de “choque” quando se bate o cotovelo na quina da mesa?

A reação é causada pela compressão de um nervo chamado ulnar. No cotovelo esse nervo está muito exposto, ficando suscetível a pancadas. O nervo ulnar está ligado aos dedos mínimo e anular. Por isso, a sensação de choque se espalha do cotovelo até esses dois dedos.

  1. Estalar os dedos engrossa as articulações?

Não. Ao esticar o dedo, o líquido sinovial lubrificante da articulação, responsável por diminuir o atrito, desloca-se sob o vácuo formado entre as articulações, fazendo o barulho do estalo, ensina o ortopedista cirurgião de mão Luís Nakashima. O mesmo fenômeno pode ser percebido nas costas e nos joelhos. Provocar o estalo no dedo não faz mal algum. Portanto, continue estalando seus dedos, caso goste.

  1. Por que tenho a impressão de já ter visto um lugar onde nunca estive?

A sensação de “déjá vu” pode acontecer com quase todos e tem origem biológica. O hipocampo – região do cérebro responsável pelo processamento da memória – é ativado fora de hora, exatamente quando está ocorrendo um fato novo, dando a impressão de que aquilo já estava registrado, de que é um fato do passado. O evento é mais frequente em pessoas com epilepsia no lobo temporal e isso, provavelmente, está relacionado com “disparo” anormal do hipocampo, um dos centros cerebrais da memória, explica o psiquiatra Roberto Sassi. Mas isso não implica que pessoas que tenham “déjá vu” sofram de epilepsia. Portanto, nada de “outras vidas”, como dizem alguns.

  1. Por que a gente boceja?

Nada mais é que uma forma de ativar o cérebro e evitar o sono, afirma o coordenador do departamento de distúrbio do sono da Unifesp, Ademir Baptista Silva. Ao bocejar, o segundo e o terceiro ramo do nervo trigêmeo (um dos nervos da face) são ativados, estimulando o cérebro. O mesmo efeito pode ser obtido mascando chiclete. O único mistério é o fator epidêmico do bocejo. Ninguém sabe por que as pessoas bocejam quando veem outras bocejando, diz Ademir. Que interessante!

  1. Por que os pelos ficam arrepiados?

O frio e as fortes emoções são os principais estímulos causadores da contração do músculo eretor dos pelos, afirma a neurologista Cláudia Garavelli. A origem pode estar na teoria darwinista e sua explicação é que o arrepio é uma forma de defesa. No frio, a camada formada pelos pelos retém o ar quente, aquecendo o corpo. No medo, aumenta-se o volume do corpo, assustando-se assim um eventual agressor, como fazem os gatos.

  1. Por que a pele da mão enruga quando ficamos na água?

Porque a camada externa da pele do dedo é composta por uma proteína – a queratina – que pode absorver “água como uma esponja”, explica o clínico geral Luís Fernando. A camada externa da pele da ponta dos dedos é “fixa”. Para caber o volume de água absorvido, a pele enruga-se.

  1. O que causa o espirro?

É um mecanismo de defesa, uma forma de o organismo liberar bactérias e vírus alojados nas vias respiratórias, especialmente no nariz, limpando-o. Explica o pneumologista Clystenes Odyr Silva. Não tente impedir o espirro e jamais bloqueie o nariz para evitar fazer barulho. A velocidade do espirro pode ser de 160 km/h; ao tampar nariz, a pressão é transmitida para um canal do ouvido e corre-se o risco de ter-se o tímpano rompido. O que se pode fazer é colocar as duas mãos em bojo na frente, para impedir que se jogue algo indesejável nas pessoas ao redor. E depois lave as mãos, é claro!

  1. É verdade que orelhas e nariz crescem quando envelhecemos?

Não. O problema é que o tecido de sustentação da pele perde elasticidade. A partir dos 75 anos, a flacidez é mais acentuada devido à perda da elastina, proteína responsável pela elasticidade da pele, afirma o geriatra Clineu Almada. Assim, o tecido “cai”, dando a impressão de que o órgão cresceu. Está explicado!

COMIDA VICIA E LEVA À OBESIDADE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Um estudo feito com ratos e publicado na revista Nature Neuroscience veio desmistificar o fato de que somente as substâncias tidas como ilegais viciam, tais como cocaína, crack ou heroína. A ingestão de alimentos ricos em gordura leva a um tipo de dependência parecida com a das drogas citadas acima, pois a dieta rica em calorias aciona os centros de prazer da mesma forma que tais drogas. Assim, o organismo de um dependente de gordura passa pelo mesmo mecanismo cerebral do viciado em drogas.

O excesso de comida pode produzir superalimentação e obesidade. Estimativas mostram que o número de pessoas acima do peso é alarmante, já ultrapassando o número dos que passam fome. No Brasil os gordos estão próximos de atingir metade da população, enquanto os famintos estão abaixo de 6 %. Já existem mais de 42 milhões de crianças (de até 5 anos) acima do peso no mundo, com grandes possibilidades de contraírem doenças cardiovasculares, diabetes e terem morte prematura. A ONU está tão preocupada com este problema que listou a epidemia de obesidade no mundo como um dos dez principais riscos para a saúde mundial.

O debate sobre o vício em gorduras, trazido à tona, adverte-nos, ainda que sutilmente, que a indústria do fast-food, guardadas as devidas proporções, também age como manipuladora, assim como fazem os aliciadores do tráfico, pois a manipulação nas lojas de fast-food começa pelos preços entre os tamanhos sugeridos (pequeno, médio, grande e gigante). A diferença entre o preço do tamanho grande e o do gigante é praticamente nula. O que leva à escolha do gigante pelo cliente, pois faz parte da raça humana contabilizar o lucro.

A indústria do fast-food há muito tempo tem merecido as críticas de certos setores da saúde que acreditam que somos reféns de uma indústria alimentar inescrupulosa, sem preocupação com a saúde dos consumidores e preocupada apenas com o lucro imediato. Além de proibirem o fumo e limitarem o consumo e propaganda do álcool, os governos precisam enfrentar o controle dos alimentos no combate à obesidade, ajudando as pessoas a fazerem a escolha certa.

Algumas causas óbvias para a obesidade

1 – Estilo de vida urbano: muita comida, junk food (enlatados baratos, com altos níveis de açúcar e gordura e beliscados várias vezes durante o dia), televisão como lazer, pouco exercício físico e dietas muito calóricas.

2 () Exercícios: melhoram a saúde, mas não têm relação direta com a queda de medidas.

3- Herança genética: mais que genética, a influência familiar na obesidade é cultural. Ambiente e estilo de vida podem ser mais significativos que os genes. Casais de gordinhos terão filhos gordinhos até isso ser uma característica dominante na família. Quanto mais pesada é a pessoa, mais fértil ela é, logo, o número de gordos pode aumentar consideravelmente no caminhar da humanidade.

4- Classe social: pobreza tem relação direta com o aumento de peso. Quanto menor a renda, maior a ingestão de comida ruim.

5- Falta de sono: pode alterar níveis hormonais, provocando mais fome e peso.

6- Herança: dietas cheias de açúcares e gorduras na gestação podem influenciar o metabolismo da criança que repassa a herança obesa à frente.

6- Ar condicionado: o corpo queima mais calorias em ambientes livres. Com a temperatura controlada, diminuem as calorias gastas e o peso aumenta.

7- Etnia: pessoas de meia-idade, de origem africana, hispânica e paquistanesa tendem a ser mais pesadas que os jovens europeus. Populações mais velhas e miscigenadas sofrem mais obesidade.

8- Mães mais velhas: quanto mais idade tiver a mulher ao dar a luz, maior será a probabilidade de a criança ser gorda.

9- Remédios: alguns remédios trazem o ganho de peso como efeito colateral.

10- Poluição: altera o nível dos hormônios essenciais e, como alguns são armazenados na gordura, contribuem para o ganho de peso e intoxicação do corpo.

Michael Pollan, autor de O Dilema do Onívoro, guru do movimento contra a obesidade dá algumas dicas:

  1.  Cozinhe em casa, seguindo os princípios da culinária saudável.
  2. Troque os lanchinhos por frutas.
  3. Coma mais plantas, especialmente folhas.
  4. Evite alimentos que contenham algum tipo de açúcar (ou adoçante) listado entre os três primeiros ingredientes. Os itens são listados em ordem decrescente de quantidade no rótulo.
  5. Quanto mais branco o pão, mais mal ele faz. Evite-o.
  6. Coma por fome, não por tédio.
  7. Procure não comer sozinho.
  8. Compre pratos e copos menores (o recipiente grande estimula a comer mais, daí os grandes pratos dos restaurantes a quilo).

Fonte de pesquisa:
Revista Época nº 620
Revista Galileu nº 225

Nota: A ilustração do texto é um quadro do pintor e escultor colombiano Fernando Botero.

APOSENTADORIA É UM MAU NEGÓCIO?

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O termo aposentadoria refere-se ao afastamento remunerado que um trabalhador faz de suas atividades, após cumprir com uma série de requisitos estabelecidos por lei, a fim de que possa gozar dos benefícios de uma previdência social e/ou privada. Recentemente saiu um estudo apontando que a aposentadoria traria prejuízos à saúde das pessoas.

O estudo em questão, publicado pelo Institute of Economics Affairs (IEA), com sede em Londres, em parceria com a entidade beneficente Age Endeavour Fellowship, comparou aposentados com pessoas que continuaram a trabalhar, mesmo após terem alcançado a idade mínima para a aposentadoria, e também levou em conta possíveis fatores, e descobriu que a aposentadoria leva a um “drástico declínio da saúde”, no médio e longo prazos.

A pesquisa sugere que as pessoas devam trabalhar por mais tempo não só por razões financeiras, mas também por uma questão de saúde. Segundo a pesquisa, a aposentadoria pode aumentar em 40% as chances de desenvolver depressão, enquanto aumenta em 60% a possibilidade do aparecimento de problemas físicos, em especial os cardiovasculares. Os pesquisadores sugerem que os governos deveriam desregular as aposentadorias e permitir que as pessoas trabalhassem por mais tempo. E que, com isso, haveria uma desoneração previdenciária e de quebra melhoraria a saúde das pessoas.

O estudo, focado na relação entre atividade econômica, saúde e política pública na Grã-Bretanha, sugere que há uma pequena melhora na saúde imediatamente depois da aposentadoria, mas constata um declínio significativo na saúde desses indivíduos no longo prazo. A explicação é que, possivelmente, as pessoas não se prepararam para o envelhecimento. Elas trabalham sempre pensando no amanhã e se esquecem de viver “o agora”. A aposentadoria representa, para grande parte das pessoas, que o amanhã chegou. Como estão condicionadas a viver em função do futuro, isso acaba desestruturando sua existência. A vida passa a ficar sem sentido.

É preciso entender que a aposentadoria é um prêmio pelo esforço de anos de trabalho. Nunca deveria ser um causador de doenças. Ela é o reflexo de como se encara a vida no decorrer do desempenho profissional. O trabalho é apenas mais uma função que se desempenha e, quando a aposentadoria chega, o indivíduo deve canalizar suas energias para outro foco. Com isso, esse “descanso” passa a ser a oportunidade de realizar projetos abandonados por falta de tempo, como o estudo de um novo idioma, fazer uma grande viagem, ou mesmo se dedicar a trabalhos voluntários. O que as pessoas devem entender é que o trabalho que elas desenvolvem durante a vida profissional terá de ser substituído por outras atividades que estimulem o intelecto e o corpo.

A vida é movida por sonhos e desafios. O cérebro necessita ser estimulado. Portanto, a recomendação é que todos aprendam a dividir bem seu tempo. Aproveite o período profissional desenvolvendo paralelamente outras atividades que deem prazer. Com a aproximação da aposentadoria, crie novas metas a serem conquistadas. Com isso, o afastamento da vida profissional não significará o fim, mas um recomeço.

OS IDOSOS DE HOJE E OS DE ONTEM

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

idosos

A queda da fecundidade, acompanhada do aumento na expectativa de vida, vem provocando o envelhecimento acelerado da população brasileira, representado pela redução da proporção de crianças e jovens e por um aumento na proporção de idosos na população. Para se ter uma ideia, a França demorou cerca de 100 anos para dobrar o números de idosos. No Brasil, este mesmo fenômeno ocorrerá em 20 anos. Estamos nos tornando um país de velhos, caminhando a passos largos. Isso é uma conquista, mas traz consequências.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população de idosos nas áreas urbanas, que esta? por volta de cinquenta por cento da humanidade, duplicara? ate? 2050. E, se hoje existem cerca de 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos, a população nessa faixa etária de idosos será?, em 2050, de quase 2 bilhões de pessoas.  Há 100 anos a expectativa de vida era de 30 anos de idade e raramente a pessoa chegava aos 50 anos. Quem nasce hoje tem expectativa média de vida de 85 anos. Com uma maior expectativa de vida associada à baixa taxa de fecundidade, evoluímos para um exército de idosos. Estamos nos preparando para isso? Será que a Previdência Social e as áreas de saúde estão se preparando para receber um contingente geométrico de pessoas acima dos 60 anos? Devemos pensar nisso!

Com os avanços da medicina e da própria sociedade urbana, a parcela da vida que um indivíduo passa na condição de idoso será cada vez maior. Com essa tendência, já ocorre uma mudança de paradigmas em relação ao que significa envelhecer. A ideia da vovó fazendo tricô e do vovô de pijama, lendo jornal, é um estereótipo do envelhecimento que não nos serve mais.  No modelo convencional, a primeira etapa da vida era dedicada ao aprendizado, enquanto a segunda etapa era voltada para a produção e a aplicação do aprendizado no trabalho. A etapa final seria dedicada ao descanso e ao ócio. Não podemos mais pensar assim. A expectativa de vida é cada vez mais longa e as pessoas serão idosas por um período cada vez maior de suas vidas. Elas terão condições de produzir até uma idade bem mais avançada. Por outro lado, a pessoa não pode mais parar de adquirir conhecimento.

Se a produção e o trabalho serão uma realidade cada vez mais presente na terceira e quarta idades, em contrapartida a aquisição de conhecimento não poderá mais ficar confinada apenas às primeiras décadas. É do interesse da sociedade que a pessoa mantenha o aprendizado e que produza ao longo de toda a vida. As pessoas terão oportunidades para se reciclar, estudar e se reavaliar. Vamos estudar mais e ter mais trabalho durante a vida. Os novos idosos devem ser repensados, pois este contingente será uma parcela significativa e produtiva.

Nota: imagem copiada de debbicruz.blogspot.com

VITIMIZAÇÃO E SADOMASOQUISMO

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 Autoria de Lu Dias Carvalho

ideias12

Uma amiga procurou-me para dizer que a filha chegara chorando em razão de uma nota ruim que recebera numa prova, considerando-a abaixo do valor merecido. Contudo, ela como mãe não estava certa da posição a tomar. E como é do meu feitio jamais adotar o comportamento de leoa para proteger os filhotes, pois acredito que isso seja danoso à adaptação dos filhos ao mundo, pedi-lhe que sugerisse à filha que conversasse com o professor, demonstrando serenidade, capacidade de dialogar e de aceitar suas explicações, pois todo ser humano, por maior que seja a sua carga intelectual, está fadado a cometer erros. Para fechar o preâmbulo, tudo saiu a contento. Realmente o professor havia se enganado. A garota que antes se encontrava na posição de vítima, voltou do encontro alegre e segura de si.

É preciso muito cuidado para não vestirmos o uniforme de vítima e nem reforçarmos tal atitude naqueles com os quais convivemos. Há pessoas que vivem em total estado de vitimização, como se mortas estivessem, numa resistência danosa ao mundo em derredor, achando que todos são culpados pela vida que levam, exceto elas próprias.

É fato que viver confrontando os problemas que a família, a sociedade e o mundo trazem não é fácil. Ainda assim, é muito melhor partir para o enfrentamento das dificuldades do que vestir a roupagem de derrotado com os aborrecimentos da própria existência. Culpabilizar os outros pelas próprias falhas é muito mais fácil do que enfrentá-las de frente, com raça e coragem, analisando o que é necessário mudar na própria vida para torná-la melhor.

Pessoas há que se sentem muito bem acomodadas no casulo da vitimização. Conviver com elas se torna insuportável, pois sugam de quem vive em seu derredor toda a energia amealhada com muita esforço e coragem. Tais vítimas possuem uma ferramenta que trazem sempre às mãos: a chantagem emocional. Elas, como sanguessugas, tiram a última gota de sangue dos desavisados que as levam a sério. Fingem entregar aos outros a chave de seu destino, de modo que o planejem e o executem, pois estão “fragilizadas” em demasia para enfrentar os contratempos acarretados pela existência humana. Mentira! É tudo uma farsa!

Na verdade, é bom que se saiba que são pessoas com tais atitudes que trazem nas mãos a saúde física e emocional daqueles que consigo convivem, se esses assim o permitirem. Querem encarcerá-los no mesmo casulo de indiferença e egocentrismo em que estão escondidas. Tratam-se de seres sadomasoquistas, de pessoas que são extremamente egóicas, sem nenhum comprometimento com a humanidade, voltadas apenas para o próprio umbigo. Não me refiro aqui às pessoas acometidas pelo transtorno mental da depressão, doença que precisa ser tratada.

Quando carregamos uma boa imagem daquilo que somos, e acreditamos estar dando o melhor de nós naquilo que fazemos, estamos caminhando para alcançar uma meta em que somos os maiores beneficiados. Nós nos tornamos fortes e inabaláveis diante das hostilidades que se encontram no nosso caminho, jogando-as à margem da estrada e passando adiante. Caminhar em frente é preciso, sempre!

Todos nós, mesmo que chateados por uma causa ou outra, não podemos aceitar o estado vicioso de vítima, pois seria como passar o ouro ao bandido, ou seja, ao sujeito de nossa mágoa, ao nos entregamos à autocomiseração e ao masoquismo. Quanto mais difícil o caminho, mais firmes devem ser as passadas. E nada melhor para nos defendermos daqueles que querem nos fazer menores, do que lhes mostrar o quanto estamos de bem com a vida e o quanto somos capazes de trilhar com sabedoria nossa própria estrada. Eis a melhor resposta!

A hostilidade costuma alimentar a ilusão da autoimportância e do orgulho. Muitas pessoas se sentiriam ludibriadas se, de repente, fossem privadas da definição do ego que seu sofrimento lhes dá. (Howard Thurman)